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Já faz alguns anos que o mapeamento com drones está em alta nos mais diversos setores, e não é à toa, essa tecnologia é capaz de trazer informações precisas de forma ágil e intuitiva. No entanto, parte fundamental desse sucesso se deve ao processamento de imagens!

Mas afinal, por que os softwares de processamento são tão importantes? Simples: eles são responsáveis por interpretar e combinar os dados coletados pelo drone, transformando-os em mapas de alta resolução. Os dois são como parceiros inseparáveis.

E é exatamente por isso que além de dominar o mapeamento aéreo, você precisa saber como processar as imagens do seu drone. Mas pode ficar tranquilo, é bem mais simples do que parece! 

Nesse artigo a gente vai provar isso explicando o passo a passo para processar as imagens da sua aeronave da forma mais intuitiva e ágil. Além disso, também vamos abordar outros tópicos que você precisa levar em consideração como:

  • O que é o processamento de imagens?
  • Por que processar imagens de drone?
  • Qual software de processamento usar?

O que é o processamento de imagens?

O processamento de imagens é a técnica mais eficiente e eficaz de transformar e combinar os dados coletados pelo seu drone para gerar representações cartográficas. Essa etapa do mapeamento aéreo é realizada por softwares especializados, como a Mappa.

Mas como esse processo acontece? Uma vez que você fez o upload das imagens de drone, o software irá utilizar algoritmos que vão interpretar, classificar, corrigir e ortorretificar as informações obtidas. Por fim, elas serão combinadas como se fossem peças de um quebra-cabeças.

Ao concluir essa etapa você terá uma série de resultados cartográficos disponíveis para download, entre eles estão:

Para simplificar, o processamento de imagens é utilizado para melhorar a interpretação  e análises da área de interesse, além de fornecer dados importantes com o máximo de precisão possível. 

Resultados de processamento de imagens de drone gerados no software mappa, entre eles estão o ortomosaico, MDT, MDS, nuvem de pontos, modelo 3d e curvas de nível

Resultados do processamento de imagens de drone gerados no software Mappa

Por que processar imagens de drone?

Já imaginou investir no mapeamento aéreo e não extrair todo o potencial dos seus equipamentos? Definitivamente não é o cenário ideal, e ele pode ocorrer quando o processamento das imagens de drone não é realizado. 

Afinal os multirotores são responsáveis por uma parte do trabalho: o mapeamento e a captura de informações. Após o voo você terá diversas imagens georreferenciadas, mas para transformá-las em ortomosaicos, curvas de nível entre outros mapas o software de processamento precisa entrar em jogo!

Para exemplificar, vamos pensar em uma única imagem aérea, nela é possível visualizar elementos com nitidez, mas não é possível extrair muitas informações.

Foto capturada por drone, sem processamento de imagens

Foto capturada por drone, sem processamento de imagens


Já quando se trata dos mapas de drone é possível obter uma série de dados, como:
 

  • Posicionamento geográfico
  • Dados de altimetria 
  • Características do terreno
  • Índices de vegetação
  • Distâncias

Aliás, os resultados cartográficos gerados pelo software vão servir de base para a criação dos seus projetos. Fornecendo uma visão ampla e dados precisos da área de interesse, que podem ser utilizados para os mais diversos objetivos.

Ortomosaico gerado através do processamento de imagens no Software Mappa

Ortomosaico gerado através do processamento de imagens no Software Mappa

Software em nuvem ou desktop: qual usar?

Atualmente existem duas formas de processar o mapeamento com drones, é possível decidir entre softwares em nuvem ou em desktop. Mas quais são as vantagens de cada uma?

Os softwares em desktop já são tradicionais no mercado, mas ao longo da última década vêm perdendo cada vez mais espaço e usuários. Mas por que essas mudanças estão acontecendo? Apesar das opções em desktop entregarem resultados com precisão, o investimento inicial para aquisição de uma licença e um computador de alta performance é bem alto.

Além disso, eles são complexos de operar e exigem um conhecimento técnico maior, ocupam mais memória no seu computador e o processamento muitas vezes pode ser lento. 

Já os softwares em nuvem foram criados justamente para solucionar as desvantagens e lacunas dos programas em desktop. Na Mappa, por exemplo, é possível processar as imagens de drone no notebook que você já tem em apenas alguns cliques. Basta ter conexão com a internet, usar o seu navegador de preferência e fazer o upload do dataset.

Quando o processamento for concluído os mapas estarão disponíveis e armazenados na sua conta da Mappa, assim você pode acessá-los de onde estiver.

Vantagens de softwares em nuvem na prática:

Ok, mas como as vantagens de softwares em nuvem funcionam na prática? Nós conversamos com Luiz Otávio, sócio proprietário da Topoagro, e ele exemplificou o impacto que o aumento de produtividade teve na sua empresa:

“Em um processamento de um voo com 300 a 400 imagens o software Agisoft levava um dia inteiro para processar, e o computador ficava dedicado apenas àquela tarefa e eram necessários outros para fazer outras funções, além de um profissional para ficar monitorando o processamento.”

Além disso, Luiz também contou que depois que a sua equipe começou a usar um software em nuvem eles passaram a processar até 8 voos em apenas um dia, levando apenas algumas horas para carregar todos eles. 

Por fim, o aumento de produtividade também foi decisivo para diminuir o cronograma de projetos, anteriormente alguns deles levavam até 6 meses para serem concluídos e hoje são finalizados em apenas 30 ou 60 dias. Assim, Luiz e sua equipe se tornaram capazes de atender demandas maiores e captar projetos mais lucrativos.

Como processar imagens de drone?

Chegamos no momento mais esperado do artigo! Agora você vai descobrir o passo a passo para processar as imagens do seu drone de forma ágil e intuitiva. Vamos lá?

Primeiramente você precisará realizar o voo de mapeamento autônomo para capturar todas as informações da área de interesse. E para obter os melhores resultados é muito importante que alguns parâmetros sejam seguidos, nós explicamos cada um deles neste artigo. 

Agora que você já tem os seus dados é só acessar um software de processamento, como a Mappa, fazer o upload das imagens de drone e definir algumas configurações. E para isso você seguirá essas 4 etapas:

  • Adicionar um novo processamento
  • Configurar o processamento de acordo com as suas necessidades
  • Adicionar arquivo de pontos de controle (essa etapa não é obrigatória)
  • Fazer upload das imagens de drone e iniciar o processamento

No vídeo abaixo o Thiago do time comercial da Mappa vai te explicar o passo a passo completo, é só dar o play:

Mas se você preferir acompanhar as instruções por escrito basta seguir as etapas descritas aqui embaixo:

1. Adicione um novo processamento de imagens de drone

Na tela inicial da plataforma, o dashboard, procure pelo ícone “+” no canto esquerdo superior, junto aos demais menus – este é o botão do “Novo processamento”.

Você será direcionado para uma nova tela, onde fará as configurações iniciais. Nesta etapa você vai dar um nome ao seu processamento e alocar ele em um projeto – uma pasta que agrupa seus voos, para facilitar a gestão dos seus projetos

Ainda nessa primeira parte, você terá duas opções:

  1. Processar imagens do seu drone;
  2. Adicionar um ortomosaico já processado.

 

A diferença é muito simples: no primeiro caminho, você fará o upload das imagens obtidas no voo com o seu drone.

No segundo caso, é possível adicionar um ortomosaico para gerar outros resultados como curvas de nível, MDT e MDS, nuvens de pontos e índices de vegetação.

 

3. Configure o processamento das imagens

Ao criar um novo projeto de processamento de imagens de drone na Mappa, será necessário configurá-lo de acordo com alguns parâmetros. São eles:

Tipo de câmera

O primeiro deles é o tipo de sensor da câmera utilizado: RGB ou multiespectral. Cada sensor entregará diferentes resultados. Entenda as diferenças entre as câmeras RGB e Multiespectral.

Tipo de processamento

Caso você selecione o sensor multiespectral somente o processamento agrícola estará disponível. Já para o sensor RGB é preciso escolher dentre algumas opções:

  • Padrão: utilizado na maioria dos casos e em áreas urbanas; Produtos Gerados: Ortomosaico, Modelo Digital de Terreno, Modelo Digital de Superfície, Curvas de nível, nuvem de pontos e modelo 3D.
  • Agrícola: utilizado para áreas homogêneas, como plantações; Produtos gerados: Ortomosaico, Modelo Digital de Terreno, Modelo Digital de Superfície, Curvas de nível, nuvem de pontos, modelo 3D e os índices VARI e IFV.
  • Topográfico: para quem busca resultados com precisão altimétrica; Produtos gerados: Ortomosaico, Modelo Digital de Terreno, Modelo Digital de Superfície, Curvas de nível, nuvem de pontos e modelo 3D.
  • Silvicultura: voltado para regiões homogêneas de culturas com plantas altas, como pinus e eucalipto, por exemplo. Produtos gerados: Ortomosaico, Modelo Digital de Terreno, Modelo Digital de Superfície, Curvas de nível, nuvem de pontos, modelo 3D e os índices VARI e IFV.

 

 

Log de voo

Este passo é importante para a identificar o tagueamento geográfico das imagens – drones possuem diferentes formas de aplicar a geotag de acordo com o seu fabricante ou tecnologia utilizada.

  1. Fotos georreferenciadas: selecione essa opção caso já tenha coordenadas geográficas inseridas nas propriedades das suas imagens – drones multirotores e asa fixa em geral utilizam esse parâmetro;
  2. Log de voo Horus: caso você tenha voado com um VANT da Horus Aeronaves, utilize o log de voo retirado da aeronave Horus (arquivo .log gerado no Planejador de Missões a partir do arquivo .bin);
  3. Log de voo Horus com RTK/PPK:  para drones que utilizam a tecnologia RTK/PPK deve ser inserido um arquivo .txt com as coordenadas geográficas. A formatação correta dessas coordenadas se dá na seguinte ordem: latitude, longitude e altitude, com valores separados por aspas (“ “) e espaçamento único entre as coordenadas.

 

Por fim, você deve selecionar a última opção se o seu voo incluir Pontos de Controle. Aliás, aprenda a utilizá-los corretamente neste artigo.

Para fazer upload dos pontos de controle basta adicionar o arquivo .txt, com as coordenadas em UTM (Zona, Leste, Norte e Altitude). O separador de casa decimal deve ser o “.” (ponto). 

Exemplo de coordenadas UTM: Zona 23, N 8.569.300, E 645.750 e H 122.123 m.

 

4. Faça o upload das fotos e processe as imagens de drone

Estamos quase lá! Agora basta clicar em PRÓXIMO e avançar para a etapa seguinte.

Selecione as imagens que você deseja processar ou faça o upload de um arquivo em .zip para carregar suas imagens até 10x mais rápido. Não renomeie os arquivos para não correr o risco de tirá-los de ordem.

Vale ressaltar que a velocidade dessa etapa depende da taxa de upload da sua internet. Caso o sinal caia, basta recomeçar o envio – mas não se assuste: a Mappa irá identificar imagens que já foram carregadas e pulará para o próximo arquivo.

Conclusão

Chegamos ao fim do artigo e aposto que agora você já entende a importância de processar as imagens do seu drone, e de quebra também já sabe a forma mais fácil e intuitiva de concluir essa etapa do mapeamento aéreo.

Afinal, processar imagens de drones é fundamental não apenas para gerar mapas de alta resolução, mas também obter informações precisas e ter uma visão completa da área de interesse. 

E como resultado você poderá tomar decisões mais assertivas em projetos, economizar tempo, reduzir o desperdício de recursos e aumentar sua margem de lucro.

Agora que você já sabe como processar imagens de drone, que tal botar seus conhecimentos em prática? Peça um trial gratuito na Mappa e comece a gerar seus mapas de forma automática intuitiva.