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Qual é mais preciso: LiDAR ou aerofotogrametria? Quais são as suas principais diferenças? E quando cada uma delas devem ser utilizadas? Quando se trata de mapeamento geoespacial essas dúvidas são bem comuns. 

Embora os dois métodos de sensoriamento remoto sejam semelhantes, eles diferem principalmente em nível de detalhes, área mapeada e custo. 

E nesse artigo, vamos responder todas as suas dúvidas e explorar tanto o LiDAR quanto à aerofotogrametria, para que você fique por dentro das inovações no mapeamento aéreo.

O que é e como funciona o Sensor LiDAR?

O sensor LiDAR, um acrônimo para Light Detection and Ranging, é uma tecnologia que tem revolucionado o mundo da geografia e topografia. Mas afinal, como ele funciona? 

Através de um sistema óptico de detecção remota, o sensor LiDAR emite pulsos de luz laser direcionados ao solo e mede o tempo que cada pulso leva para ser refletido de volta ao sensor. Com base nesses dados coletados, é possível criar representações tridimensionais extremamente precisas do terreno mapeado.

Essa tecnologia é notável pela sua alta resolução e precisão na obtenção de dados topográficos. Além disso, o sensor LiDAR tem a capacidade única de penetrar vegetação densa, algo que não é facilmente alcançado por outros métodos como a aerofotogrametria. 

drone dji matrice 300 rtk com sensor LiDAR sobrevoando terreno

Quais são suas vantagens?

A tecnologia LiDAR tem se destacado no mercado por suas inúmeras vantagens e aplicabilidades, confira algumas delas:

1. Adaptabilidade à luminosidade

Diferentemente da aerofotogrametria, que depende mais das condições climáticas e da iluminação para obter bons resultados, o LiDAR pode operar em ambientes com pouca luz ou até mesmo no escuro.

2. Velocidade, produtividade e precisão

Além disso, ao contrário dos métodos tradicionais de levantamento topográfico, que podem ser demorados e onerosos, essa tecnologia permite um levantamento rápido e eficiente do terreno. 

O sensor é capaz de coletar milhões de pontos de dados em apenas uma passagem sobre a área desejada. Isso significa que os projetos podem ser concluídos mais rapidamente, economizando tempo e recursos valiosos. Exatamente por esse motivo, o mapeamento com com LiDAR tende a ser mais preciso do que a aerofotogrametria.

Aliás, o seu uso também dispensa a necessidade de pontos de controle, que são fundamentais quando um projeto requer precisão centimétrica. Mas ainda assim, para garantir resultados confiáveis é preciso utilizar sistemas de correção como o PPK ou RTK.

3. Cobertura vegetal precisa

Outra grande vantagem do uso do sensor LiDAR é sua capacidade de penetrar na vegetação densa, como áreas de reserva florestal, por exemplo. Isso permite mapear o solo sob a cobertura vegetal com precisão – uma tarefa quase impossível com outros métodos. 

E quais são suas desvantagens? 

A tecnologia LiDAR, apesar de sua precisão notável e vasta aplicação em diferentes setores, possui algumas desvantagens que podem afetar a eficiência dos projetos. E para entender se essa técnica é ideal para você ou não, confira algumas delas:

1. Custo elevado

A primeira delas está diretamente ligada ao custo. Os equipamentos LiDAR são consideravelmente caros, o que pode inviabilizar seu uso em projetos com orçamento mais limitado.

2. Processamento de dados complexo

Outro aspecto importante a se destacar é que essa técnica requer um processamento de dados complexo e intensivo. Por isso, uma equipe especializada e softwares específicos são necessários, o que pode aumentar ainda mais os custos do projeto.

3. Dependência de condições climáticas

Por fim, outro aspecto que merece atenção é a dependência das condições climáticas para sua operação eficiente. A presença de neblina ou chuva pode interferir na qualidade dos dados coletados pelo sensor lidar.

Sendo assim, apesar das inúmeras vantagens oferecidas pela tecnologia do sensor lidar como alta precisão e detalhamento dos dados coletados, é importante considerar também suas limitações antes de optar por sua utilização em um projeto.

O que é Aerofotogrametria?

A aerofotogrametria é uma técnica amplamente utilizada em diversas áreas, e atualmente tem como uma de suas principais ferramentas o drone. Este método consiste na captura de fotografias aéreas com um alto grau de precisão, que são posteriormente processadas para produzir mapas e modelos tridimensionais de terreno.

Com o uso dessa técnica é possível cobrir grandes áreas em um curto período de tempo, o que se traduz em economia de tempo e recursos. Além disso, ela também permite obter imagens com um nível de detalhe impressionante, possibilitando a identificação precisa dos elementos presentes no terreno.

fotogrametria-de-estrada-com-drone

Quais são as suas vantagens?

A aerofotogrametria já é uma técnica popular, principalmente entre os profissionais da topografia e na agricultura. Mas, quais são as vantagens que ela traz? 

  1. Precisão

Primeiramente, o mapeamento aéreo realizado por meio da aerofotogrametria é preciso e detalhado. Com um drone equipado com uma câmera RGB, é possível obter imagens nítidas e claras do terreno a ser mapeado. Essas imagens podem então ser processadas e transformadas em modelos e mapas altamente detalhados.

  1. Velocidade e produtividade

Além disso, a aerofotogrametria permite abranger grandes áreas em um curto período de tempo. Isso faz dela uma opção ideal para projetos que exigem rapidez sem comprometer a qualidade dos dados coletados. 

  1. Economia

E não podemos esquecer da economia: comparada às técnicas tradicionais de mapeamento, como as realizadas por aviões tripulados ou satélites, a aerofotogrametria com drones representa uma redução significativa nos custos operacionais.

Quais são as suas desvantagens?

Apesar de todas as vantagens da aerofotogrametria, é importante salientar que essa técnica também possui algumas desvantagens que podem impactar no resultado final do mapeamento aéreo. 

1. Dependência de condições climáticas e de luminosidade

Uma delas é a dependência das condições climáticas. Voos de drone para a captação de imagens são afetados por fatores como chuva, vento forte e neblina, o que pode comprometer a qualidade das imagens ou mesmo impossibilitar o voo.

2. Necessidade do uso de pontos de controle e sistemas de correção

Ainda que a aerofotogrametria com drones seja uma tecnologia precisa, em projetos que requerem precisão centimétrica ainda é fundamental utilizar pontos de controle e sistemas de correção como RTK e PPK.

Os pontos de controle servem como referência para alinhar as imagens com a realidade do terreno. Além disso, os sistemas de correção são necessários para ajustar possíveis erros causados por movimentos do drone durante o voo ou pela variação da altitude. 

 

Como eu sei qual é o melhor para meu projeto? Aerofotogrametria ou LiDAR?

Chegamos à pergunta que não quer calar: LiDAR ou aerofotogrametria, qual utilizar? A resposta vai depender de dois principais. O primeiro é a precisão necessária no seu projeto, se Modelos Digitais de Terreno, Nuvem de Pontos e Modelos 3D extremamente detalhados são essenciais ele pode ser a melhor opção.

O uso do LiDAR também se torna ainda mais vantajoso no caso de áreas com vegetação densa, já que os seus raios conseguem penetrar por entre folhas, galhos e troncos e coletar informações do solo sem dificuldades. Esses dados são muito difíceis ou impossíveis de coletar quando de trata de métodos mais tradicionais.

Já a aerofotogrametria é uma tecnologia mais democrática e acessível, afinal, ela se adapta a projetos das mais diversas áreas e de diferentes complexidades. Além disso, com ela é possível gerar Ortomosaicos, que são fundamentais para gerar informações visuais atualizadas e precisas. 

Para obter o melhor dos dois mundos, uma opção cada vez mais popular é usar drones equipados tanto com câmeras para aerofotogrametria quanto com sensores LiDAR. Essa combinação permite que profissionais de diversas áreas – como engenharia civil, topografia e agrimensura – obtenham dados precisos e detalhados para seus projetos.

 

Conclusão

Em conclusão, tanto a aerofotogrametria quanto o sensor LiDAR têm suas respectivas vantagens e usos específicos. A escolha entre um e outro depende muito do tipo de projeto em que você está trabalhando. No caso da aerofotogrametria, ela se destaca por sua precisão e detalhamento em áreas abertas, sendo ideal para levantamentos topográficos e estudos ambientais. 

Por outro lado, o sensor LiDAR é mais eficiente em ambientes fechados ou com vegetação densa, graças à sua capacidade de captar informações tridimensionais com alta resolução. Além disso, os dados coletados pelo LiDAR podem ser processados rapidamente e com grande precisão.

Portanto, ao escolher entre a aerofotogrametria e o sensor lidar, leve em consideração as necessidades específicas do seu projeto. Seja qual for a sua escolha, ambas as tecnologias são ferramentas poderosas que podem contribuir significativamente para a qualidade dos seus trabalhos.