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Todo profissional da área de mapeamento busca excelentes resultados no processamento de imagens drones. Não há dúvida sobre isso.

Afinal, perder um dia de trabalho de campo por falta de planejamento ou atenção aos detalhes não deve ser uma possibilidade, concorda?

Porém, garantir um bom resultado no processamento de imagens de drones depende de diferentes fatores que são afetados pelo clima, pela técnica e pela atenção do operador.

Um trabalho de mapeamento com drone possui, em geral, três estágios: pré-voo, voo e pós-voo – cada um deles exigirá do profissional um cuidado com detalhes específicos.

No artigo de hoje, abordaremos boas práticas para garantir um bom resultado no processamento de imagens de drones!

Como funciona o processamento de imagens de drones?

Antes de abordarmos cada fase em específico, é importante que você compreenda como funciona um processamento de imagens.

A plataforma Mappa possui um algoritmo que utiliza diferentes parâmetros de acordo com algumas opções que o usuário seleciona – explicaremos isso um pouco adiante.

Esse algoritmo identifica pontos em uma imagem que também aparecem em outra imagem, chamados de pontos homólogos. A partir do momento que um ponto foi identificado em 3 ou mais imagens, o software de processamento de imagens consegue triangular a posição desse ponto.

Cada um desses pontos vai ser georreferenciado e juntos eles formam a nuvem de pontos, que serve como base para o resto do processamento.

Primeiros cuidados para um bom processamento: condições climáticas

Das três fases que iremos abordar, o pré-voo é fundamental para dar um bom seguimento ao fluxo de trabalho – um voo mal planejado pode comprometer todo o mapeamento.

O primeiro ponto que você deve atentar nesta etapa são as condições climáticas.

Um cenário ideal para o mapeamento com drones é um dia de sol sem nuvens ou completamente nublado. Nunca, repito, nunca voe na chuva – você não terá um resultado processável e colocará em risco o seu equipamento.

Ainda atrelado às questões climáticas, cheque a velocidade e direção do vento. Para isso, recomendamos o aplicativo Windy.

A velocidade do vento, quando alta, desloca o drone durante o voo, o que compromete a captação das imagens que serão utilizada no processamento.

Preste muita atenção ao fotoperíodo do local que você irá trabalhar. A luminosidade das fotos tiradas pelo drone durante o voo precisa ser homogênea, ou seja, regular durante todas as imagens.

Por isso, recomendamos voos entre às 10h e às 16h, quando o sol está em sua máxima exposição – atenção: o Brasil é um país continental, com diferentes comportamentos de clima para diferentes regiões, por isso, sempre leve em consideração o fotoperíodo do local que irá mapear.

Nuvens muito baixas também podem ser um problema, pois elas geram sombras no solo que afetarão o desempenho do processamento.

Certo, vencemos os desafios climáticos.

Mas ainda não acabou o pré-voo.

Essa pode parecer a dica mais básica, mas é importantíssima: cheque as baterias do seu equipamento antes de cada trabalho!

Por fim, configure o balanço de branco nas configurações da câmera – no caso do menu estar em inglês, o white balance ou WB. Selecione entre os climas nublado ou com sol – não deixe no automático.

Plano de voo

Essa é a hora de alinhar tudo perfeitamente.

As missões de mapeamento são, obrigatoriamente, feitas com piloto automático. Ou seja, você não irá interferir manualmente no processo exceto em caso de pousos emergenciais.

Por isso a importância de ter um plano de voo bem construído.

Para criar o seu plano de voo você precisará utilizar um aplicativo, no caso de drones multirotores – nós recomendamos o uso do Pix4D Capture. Se você possui uma aeronave asa fixa, utilize o software da própria aeronave.

Defina a área de interesse, atentando sempre para alguns fatores muito importantes relacionados a sobreposição das imagens:

1 – Deixe sempre uma “gordurinha” na área de interesse, isto é, selecione uma área de 10% a 15% maior do que o espaço você deseja mapear. As bordas geralmente são as partes mais afetadas por distorções em um processamento de imagens, porque elas não possuem sobreposição com as fronteiras da área delimitada.

2 – Atente para uma sobreposição entre imagens de, no mínimo, 70% lateral e 80% frontal.

3 – Em grandes áreas, será necessário, por vezes, realizar mais de um voo contemplando cada área. O importante é que, em caso de mais de um voo, estes possuam sobreposição entre voos de até 15%. Caso existam alturas diferentes em uma mesma área e você precise realizar dois voos, também é muito importante atentar para esta sobreposição.

Lembra quando expliquei como funciona o algoritmo e seus pontos homólogos? A sobreposição de imagens deve ser respeitada para garantir que não faltem dados no seu processamento.

Hora de voar!

Cumpra com rigor o checklist pré-voo do equipamento – ele terá diferentes procedimentos de acordo com o modelo do seu drone.

Antes de decolar, certifique-se que o local é seguro. Aeronaves de asa fixa precisam de uma área que sirva como pista de decolagem e pouso, sem obstáculos. Fique atento e evite acidentes!

É importante que você respeite a distância máxima da sua telemetria, ou seja, a distância que o seu equipamento consegue ir sem perder o sinal da base de operação.

Com a missão cumprida, é hora de processar.

Pós-voo: hora de processar as imagens

Se existe uma dica de ouro para esta etapa, ela é a organização.

Extraia os arquivos do equipamento – fotos e log de voo – e salve-os em uma pasta específica dentro da sua lógica de organização.

Confira as fotos do voo – pode acontecer do drone tirar uma foto ainda em solo, antes de iniciar a missão. Caso essa foto seja upada junto com as demais, ela irá comprometer o seu processamento.

Ao iniciar um novo processamento na Mappa, selecione os parâmetros adequados ao seu objetivo: tipo de câmera utilizado, tipo de processamento, qual log de voo e se foram utilizados pontos de controle nesse projeto.

Feita a solicitação e a entrega do processamento, tome cuidado ao solicitar análises agronômicas corretamente.

Delimite exatamente onde quer analisar, pois a cobrança da análise é feita por área e, por exemplo, em uma análise de cobertura: você quer analisar uma determinada porção do terreno, mas selecionou áreas a mais onde não havia plantação de nenhuma cultura: essa área será considerada no processamento e prejudicará o seu resultado.

É isso!

São vários detalhes para ficar atento, mas um trabalho de excelência presume que você teve essa atenção, certo?

Caso tenha ficado com alguma dúvida, estamos sempre à disposição – entre em contato!

Que tal testar a plataforma Mappa e colocar tudo isso em prática no seu próximo trabalho?