Aposto que você já se perguntou pelo menos uma vez se deveria usar pontos de apoio no mapeamento com drones. Utilizados principalmente entre topógrafos e engenheiros, os alvos podem acabar gerando dúvidas até nos profissionais mais experientes.
E nós estamos aqui para sanar todas as questões mais comuns: o que eles são, para que servem, como e quando utilizá-los e por aí vai. Mas já adiantamos: é consenso que os pontos de apoio são fundamentais em projetos que requerem acurácia máxima!
Para entender tudo o que você precisa saber sobre essa ferramenta muito utilizada no mapeamento com drones, leia o artigo na íntegra!
O que são pontos de apoio?
Os pontos de apoio nada mais são do que pontos indicados em solo, eles são utilizados durante o mapeamento com drones e servem como referência para a correção de posicionamento. Além disso, eles podem ser classificados como naturais ou artificiais, nós falaremos sobre eles adiante.
Por que usar pontos de apoio?
Todo sistema de coordenadas tem um certo deslocamento quando comparado a sua posição real em solo, e não seria diferente com o GPS, o sistema utilizado pelos drones. É exatamente para evitar esse tipo de erro que os pontos de apoio entram em cena.
Essas marcações são definidas através de coordenadas colhidas através de GNSS de alta precisão.
Quando usar Pontos de Apoio?
Ao contrário do que alguns podem achar, não são todos os projetos que requerem o uso de pontos de apoio. Inclusive, na maior parte dos casos o uso apenas do GPS do drone é mais do que suficiente para garantir precisão. No entanto, existem mapeamentos que necessitam de acurácia de centímetros, e é nesses momentos em que os pontos de apoio se fazem indispensáveis.
Ficou curioso para saber em que trabalhos utilizá-los? Então confira esses exemplos:
- Georreferenciamento em geral;
- Terraceamento (curvas de nível);
- Implantação de projeto de aterro/corte;
- Projetos de REURB;
- Restituição de linhas de plantio;
- Atualização de matrícula de imóveis;
- Implantação de rodovias (estaqueamento);
- Certificação de imóveis rurais, entre outros.
Tipos de pontos de apoio
Os pontos de apoio naturais são aqueles pontos próprios do terreno e, como exemplo, podemos citar faixas de pedestre, placas de sinalização, meio-fios ou detalhes que sejam perceptíveis a olho nu. Para manter um bom tamanho e resolução de um alvo natural dentro da imagem, recomendamos que eles tenham pelo menos 1,5mx1,5m.
Já os alvos artificiais, por outro lado, são aqueles implementados no terreno por meio de marcações – uma cruz e intersecção de quadrados, por exemplo. A recomendação sobre o tamanho dos alvos que falamos acima continua sendo aplicado aqui também: 1,5mx1,5m.
Talvez, sua dúvida agora seja sobre como realizar a marcação dos alvos e iremos explicar: você pode utilizar vários materiais para fazer as marcações, como tinta branca para terrenos rígidos como o asfalto e calçadas e cal para terrenos de terra ou grama.
Como utilizar pontos de apoio corretamente?
Como falamos acima, os pontos de apoio aumentam a precisão e acurácia de um projeto. Mas você já sabe a forma correta de utilizá-los? Para garantir que todas as etapas do voo de mapeamento e o uso dos alvos estejam corretos, basta seguir alguns passos simples.
Confira o passo a passo com as práticas recomendadas e utilize os pontos de apoio corretamente:
1 – Planejamento de voo
POLÍGONO E SOBREPOSIÇÃO ENTRE VOOS
O polígono deve exceder no mínimo 20% da área de interesse para garantir sobreposição de imagens em suas extremidades.
Em casos de áreas maiores que não são possíveis cobrir com um único voo, é necessário que haja sobreposição entre os voos em pelo menos 20%.
RELEVO E OPERAÇÃO
Em caso de relevo distinto é fundamental que a operação seja planejada da parte superior do relevo resultando em uma sobreposição adequada.
TIPOS DE PLANO DE VOO
O plano de voo deve conter formato de linhas paralelas, objetivando a melhor qualidade do processamento das imagens coletadas.
Não deve ser utilizado mapeamento em formato de GRADE, pois no momento da correção da acurácia do projeto pode ocorrer distorção no produto final.
2 – Dimensionamento e implantação
CARACTERÍSTICA DOS ALVOS
Os pontos devem ter formato de “X”, possuir dimensões de no mínimo 1.5 x 1.5 m e de preferência serem implantados poucas horas antes da coleta das imagens, assim extraindo a melhor qualidade e nitidez dos alvos no momento do voo.
ÁREA DE INTERESSE
Os pontos devem ser implantados contemplando toda a área de interesse para que a correção da acurácia seja feita de forma homogênea no processamento de imagens.
PROCESSAMENTOS COM 2 OU MAIS VOOS
Em processamentos de dois ou mais voos é necessário inserir pontos de controle na junção dos planos de voo. É uma medida importante para a unificação do projeto e que seja mantida a acurácia de forma homogênea.
EQUIDISTÂNCIA ENTRE PONTOS
É fundamental que a distribuição dos pontos de controle na área de interesse seja equidistante, A equidistância entre os pontos é importante para que na correção da acurácia seja de forma mais homogênea, sem causar distorções no projeto.
PONTOS DE CHECAGEM
Os pontos de checagem são coletados em campo para serem revisados após o processamento de imagens. É o momento de avaliar a qualidade do processamento de imagens e verificando as suas coordenadas.
VOOS LINEARES
Voos lineares ou voos em corredor são comumente feitos para o levantamento de rodovias, linhas de transmissão e ferrovias. Este tipo de voo possui particularidades, por isso é preciso estar atento em alguns pontos do planejamento de voo para garantir bons resultados dos processamentos de imagens.
3 – Geração do arquivo de coordenadas
UTILIZAÇÃO DE GPS DE ALTA PRECISÃO
É fundamental que os pontos de controle sejam coletados com um GPS de alta precisão, como o RTK ou PPK, por exemplo. Não é recomendado a utilização de celulares ou outro equipamentos que possuam GPS comum, pois não possuem qualidade de geolocalização para posterior correção da acurácia em um processamento de imagens.
CONVERSÃO DA ALTITUDE
O arquivo de coordenadas coletado deve ser sempre corrigido para o plano local (físico) e não pode ser enviado no modo elipsoidal. No envio final o arquivo deve estar com a altitude normal , que é a nova correção disponibilizada pelo IBGE através do software HgeoHNOR.
DIMENSIONAMENTO E IMPLANTAÇÃO
Os pontos devem ter formato de “X”, possuir dimensões de no mínimo 1.5 x 1.5 m e de preferência serem implantados poucas horas antes da coleta das imagens, assim extraindo a melhor qualidade e nitidez dos alvos no momento do voo.
Conclusão
Determinar pontos de apoio no momento de mapear uma área é importante por vários motivos como discorremos ao longo deste artigo e, como pudemos ver, utilizar drones e um software de processamento de imagens se torna substancial para que o trabalho se torna mais rápido e eficiente, tendo como apontar possíveis erros no projetos topográficos.
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